domingo, 17 de setembro de 2017

A TECNOLOGIA ESTÁ NOS IMBECILIZANDO

A tecnologia e mordomia em excesso estão imbecilizando as pessoas. Não sou contrario a tecnologia, seu uso possibilitou a realização de coisas que em outras épocas seriam impensáveis e principalmente permitiu que com a produção em escala pessoas de menor condição financeira, acessassem produtos anteriormente destinados somente aos exploradores.


O que tem me preocupado, não é o uso da tecnologia, mas sim a dependência desta. Temos pessoas tão acostumadas a fazer tudo pelo celular, que chegam a ter crises de abstinência quando a carga da bateria acaba. As pessoas estão acostumadas a comprar pelo celular, serem informadas de seus compromissos, e tantas outras atividades que demandariam alguma habilidade mental, mas que ao ser feita pelo aparelho, não exige esforço algum. Por exemplo, quantos de nós conseguimos fazer uma conta de divisão como 1245/654 sem pegar uma calculadora? Já estão cogitando a possibilidade de não ensinar mais as crianças a escreverem com caneta e papel, alfabetizá-las na digitação. Mas e como fica o desenvolvimento motor fino proporcionado pela atividade manuscrita? Além do fato de que quando não tiver um computador em mãos, ou faltar luz, esse sujeito se encontrará impotente, sem capacidade de registrar nada.
Muitos podem afirmar que conhecimentos básicos, como a manuscrita, realização de operações matemáticas e outros, são tão dispensáveis quanto saber fazer fogo com pedra ou um par de gravetos, quase ninguém sabe fazer e não costuma ser um problema, já que em todo lugar existe fósforo ou isqueiro. Talvez essa afirmação até tenha seu sentido, como certa vez uma professora que defende esse tipo de alfabetização digital afirmou ao ser questionada como um aluno faria para escrever quando não tivesse um computador ao seu dispor, ela respondeu: “Do mesmo modo que qualquer aluno escreve quando não tem uma caneta”. Claro contabilizamos não ter uma caneta, nem lápis, nem nada que possa escrever, ou seja, não faz. A afirmação dela está correta, já que hoje os computadores e celulares em alguns países estão quase tão comuns quanto uma bic, e assim como um aluno pode estar sem computador a seu dispor, ele também pode ficar sem caneta, mas ainda penso que eu consigo imaginar varias formas de improvisar uma caneta ou lápis, com um pedaço de cascalho ou carvão, mas não consigo imaginar nenhuma forma de improvisar um computador.

Tirando a questão de fazer falta ou não os conhecimentos básicos em si, o que me preocupa mais, é que a dependência da tecnologia esta imbecilizando as pessoas, elas estão perdendo a capacidade de pensar, refletir, observar com atenção e levantar hipóteses. Todo o desenvolvimento intelectual proporcionado pela observação e reflexão está se perdendo, começo a pensar, que não muito distante em um tempo futuro, o carro de uma pessoa vai quebrar na estrada e se seu celular não estiver pegando área de cobertura, ela irá morrer de cede e fome, dentro do carro, porque não pensou na possibilidade de caminhar até um posto de combustível para pedir ajuda. Parece exagero, mas já presenciei pessoas que deixaram de preparar o almoço, porque acabou a luz e elas não podiam acender a chama do fogão no acendedor automático. Em nenhum momento elas pensaram em utilizar um fósforo ou isqueiro, para essa finalidade. Estamos perdendo a capacidade de refletir sobre as coisas simples do dia a dia.

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